A sua presença deixava os homens sem palavras, e ela tornou-se um ícone inesquecível para os amantes de carros americanos.
Mas quem era Jungle Pam Hardy e por que a sua lenda continua viva até hoje?
Embora a sua participação nas corridas de arrancada tenha durado apenas quatro anos, o nome Jungle Pam continua a ser cultuado há quase quatro décadas.
Porque Jungle Pam Hardy não era apenas um rosto bonito no mundo das corridas de arrancada dos anos 70. Famosa por sua carisma e beleza incontestáveis, Pam trouxe para a pista um instinto único que fascinava os fãs tanto quanto o rugido dos motores.
Numa época em que as corridas de arrancada eram associadas a talento bruto e emoção de tirar o fôlego, ela personificava o espírito da época. Ela estava lá durante a era de ouro das corridas de arrancada — quando os pilotos realmente controlavam os seus carros, e não os computadores. Na opinião de muitos, ela trouxe uma beleza ao drag racing que nunca mais foi repetida.
Apoiando o lendário carro Jungle Jim com os seus calções e camisola característicos, Pam encantava-nos tanto quanto os carros daquela época.
O caminho para a fama
É impossível falar sobre Pam da Selva sem mencionar o seu lendário parceiro, Jim Lieberman, um piloto de corridas de arrancada extravagante, conhecido como «Jim da Selva».
Lieberman, que começou a conduzir aos 12 anos, era famoso nas corridas de arrancada americanas graças ao seu talento para o espetáculo. Muitos ainda o consideram o maior showman que as pistas de arrancada já viram.
A história de Pam da Selva, nascida Pamela Hardy, começou em maio de 1972, apenas duas semanas antes de ela terminar o ensino secundário.
Lieberman reparou na jovem beldade a pedir boleia enquanto conduzia o seu Corvette amarelo, e o destino decidiu o contrário. Pam tinha grandes planos de entrar na Universidade West Chester, na Pensilvânia, onde pretendia estudar administração. Mas, em vez disso, ela se apaixonou por Jim e rapidamente se juntou a ele na estrada.
«Eu desisti da faculdade em que tinha sido aceita, e isso deixou a minha mãe furiosa», ela lembrou mais tarde.

Ao viajarem juntos pelo país, Jim e Pam tornaram-se uma dupla dinâmica no mundo das corridas de arrancada, graças ao seu talento para o espetáculo e à sua presença magnética. Inicialmente, Jim Liberman queria que Pam colocasse o seu carro engraçado na linha de partida, sabendo que isso atrairia a atenção do público — e foi exatamente o que aconteceu.
«Bem, o sexo vende», disse Pam numa entrevista à Competition Plus. «Você vê isso constantemente na televisão, mas nos anos 70, o Jungle e eu decidimos que valia a pena tentar, e foi o que fizemos, e parece que isso não prejudicou a reputação dele. E ele tirou mais fotos do carro dele comigo ao lado do que qualquer outra pessoa.»
Pam não era apenas deslumbrante, mas também andava sempre sem sutiã, geralmente vestindo uma camisola ou um top justo e calções de ganga com costura zero.
A figura mais famosa da pista de arrancada
Em um piscar de olhos, ela passou de desconhecida a mulher mais famosa da pista de arrancada. Sua ascensão surpreendente a levou até mesmo a estampar a capa da revista Hot Rod, algo que nenhuma mulher havia conseguido antes dela. Os aplausos que se ouviam quando Pam entrava na pista muitas vezes superavam os aplausos dos pilotos mais famosos.
«Eu até me surpreendo com toda essa fama», comentou ela em 1974.
Mas Pam não era apenas um rostinho bonito, como alguns gostariam de convencer. Ela preparava o carro, verificava se havia vazamentos de fluidos antes de cada corrida, colocava água e oito quartos de óleo 70W no bloco, empacotava os pára-quedas após cada corrida e ajudava Jim a recolocar o carro no lugar após a queima.
«Nós fizemos um bom espetáculo», disse Pam. «Era para isso que tudo tinha sido planejado. Não era sobre mim. Quando vocês faziam o que faziam lá, não era sobre mim. Era sobre nós.»
Pam foi chamada de «golpe de gênio», e muitos ficaram impressionados com o fato de Jim tê-la transformado em uma verdadeira entusiasta das corridas. Isso contribuiu para aumentar o prestígio do desporto em geral, reforçando especialmente a reputação da equipa de Jim Lieberman.
No mundo relativamente nicho das corridas de arrancada, Jim e Pam destacavam-se. Jim ganhou vários campeonatos nacionais, mas era mais conhecido pela sua personalidade brilhante, atitude calorosa e, claro, pela sua namorada deslumbrante.
«A nossa relação foi como um clarão na frigideira, como um raio. Eu simplesmente trabalhava», disse Pam em entrevista à Fox Sports.
Mas tudo mudou em 9 de setembro de 1977.
Jim morre
Apenas três dias antes de seu 32º aniversário, Jim dirigia seu Corvette 1972 amarelo a 250 milhas por hora quando colidiu com um autocarro.
O lendário piloto de corridas morreu instantaneamente, e os socorristas levaram 45 minutos para retirar o seu corpo dos destroços retorcidos.
«A minha mãe ligou-me e contou-me, porque não queria que eu soubesse pela notícia», disse Pam em entrevista à CompetitionPlusTV.
O trágico acidente abalou toda a comunidade automobilística. Depois disso, Pam tomou a difícil decisão de se afastar das corridas de arrancada, jurando nunca mais trabalhar com outros pilotos.
No entanto, ela dedicou-se tranquilamente a preservar a memória de Jim Lieberman e participou frequentemente em eventos memoriais dedicados ao seu falecido namorado.
«Todo esse exibicionismo era a sua verdadeira personalidade. Ele simplesmente não o mostrava na pista e depois tornava-se normal, como todos, em casa. Ele tinha um tal instinto, mesmo quando estávamos simplesmente sentados em casa ou a ir a algum lado. Sentíamos sempre a sua presença, onde quer que ele estivesse», diz Pam.
No plano romântico, Pam continuou a sua vida. Sendo uma amante de corridas, casou-se com o proprietário da equipa Funny Car, Fred Frey. Após o divórcio, casou-se com Bill Hodgson, que tunava o Excalibur Corvette Nostalgia Funny Car de George Raindauer.
A verdade por trás das fotos
Ver fotos antigas de corridas de arrancada dos anos 70 é uma viagem fascinante ao passado. Essas fotos capturam não apenas os motores rugindo e as cores vivas daquela época, mas também o espírito de uma comunidade unida por uma paixão comum pela velocidade e pela emoção.
Pam Jungle abriu um novo caminho, provando que as mulheres podem conquistar respeito num desporto dominado pelos homens e, ao mesmo tempo, proporcionou sorrisos e risos a inúmeras pessoas. Ela teve uma vida que não se repete. Uma mulher de classe indiscutível, ela viveu segundo os seus próprios termos — o que mais se poderia desejar?
A influência e o carisma de Pam tornaram-na um ícone, lembrando-nos que a alegria das corridas não está apenas na velocidade, mas também nas ligações que estabelecemos e nas memórias que criamos juntos.
Ao rever estas fotos vintage, recordamos a alegria e o júbilo que marcaram essas corridas. Quase ouvimos o rugido dos motores, sentimos o cheiro de borracha queimada, sentimos a adrenalina da multidão. Chamamos a isso os bons velhos tempos, e eles realmente foram assim. Os tempos eram divertidos e, para dizer o mínimo, fáceis!
Num mundo que muitas vezes parece desunido, essas visões do passado lembram-nos de tempos mais simples, quando a emoção era palpável e o entusiasmo das corridas unia as pessoas.
Pam Hardy participava nas corridas?
Não, Pam Hardy, conhecida como «Pam da selva», não participava nas corridas.
«Não, diabos, e não. Essas coisas podem explodir e pegar fogo», como ela mesma dizia.
Pam Hardy na selva hoje
Hoje, aos 67 anos, Pam Hardy leva uma vida relativamente tranquila, mantendo-se fiel às suas raízes nas corridas de arrancada de nível básico. Ela continua tão vibrante e enérgica como antes — uma mulher verdadeiramente atraente com um charme intemporal.
Pam é conhecida não só pela sua presença lendária no mundo das corridas, mas também por ser uma pessoa honesta e pé no chão. A sua personalidade sincera continua a encontrar eco nos fãs. Pam ainda faz sorrir aqueles que se lembram dos seus dias lendários dentro e fora das pistas.
Obrigado pelas memórias, Pam!
